Um homem resgatou da rua esta estranha criatura, mas não tinha ideia no que ela se transformaria

Assim, o que Longo descobriu? Talvez, o local onde ele encontrou o animal já pudesse ter sido uma pista. O filhote estava deitado nas escaldantes ruas de Tampa. Longo, nativo da Flórida, achou que a pequena criatura não parecia bem. Afinal, a implacável luz do sol estava prejudicando o estado do bichinho.

Mais tarde, Longo contou que o indefeso filhote estava praticamente "meio morto" quando o encontrou, mas decidiu levá-lo para sua casa em São Petersburgo. Apesar de não saber o que aquele animal era, o homem sentia que precisava ajudá-lo.

Portanto, Longo chamou a criaturinha de Biscuits e começou a cuidar dela sozinho. O primeiro passo do dia? Dê ao adorável animal um pouco de amor e carinho. Naquele período, o filhote tinha uns 2,5 cm de comprimento e o rapaz não tinha ideia se cresceria ainda mais.

Longo nem sabia a qual espécie Biscuits pertencia. Dessa forma, como ele poderia ajudar se não possuía conhecimento da melhor maneira de cuidar do animal? Pois é, visto que estamos em pleno século 21, bastou ele pesquisar sobre seu novo amigo na internet para resolver esse problema.

Primeira parada? Reddit. Porém, o pessoal do site não foi de grande ajuda. A maioria das respostas afirmavam que não havia como ele criar Biscuits por conta própria. Longo, contudo, não se intimidou; continuou sua pesquisa e finalmente encontrou o que procurava. Agora ele sabia o que Biscuits de fato era!

Desse modo, o que Longo havia levado para casa? Ao que parece, o homem estava cuidando de um esquilo-voador-do-sul. Normalmente, estes roedores vivem em florestas e bosques - e não nas ruas da Flórida. Eles também sobrevivem com uma dieta de nozes, sementes, frutas, insetos, ovos e pássaros. Enfim, uma lista e tanto para Longo providenciar!

Inclusive, como a fêmea Biscuits havia de algum jeito se separado de sua família, cabia a Longo ocupar-se dessa função. A questão era: será que ela sobreviveria? Já que jovens esquilos costumam ficar com suas mães até terem pelo menos dois meses de idade, isso colocava Biscuits em uma verdadeira desvantagem.

Longo fez o seu melhor para que a pequena criatura sobrevivesse. Por dois meses, ele levou Biscuits junto para todos os lugares - até mesmo ao trabalho. Também, alimentou o animal com uma fórmula de leite em pó para filhotes e creme de leite. Foi esse método, aliás, que gerou ótimos resultados.

Com o tempo, Biscuits foi ficando maior e mais forte. Assim, passou de um filhote doente para um esquilo adulto saudável. Além disso, a roedora ganhou realmente uma nova família, já que Longo não era o único na casa.

A verdade é que Biscuits acabou fazendo amizade com os cachorros de Longo. Todavia, por ela não possuir muito tamanho, o homem admitiu que ficava de olho em seus cães para nenhuma tragédia ocorrer. Até porque havia o risco de eles acidentalmente a esmagarem. Dessa maneira, será que ela estaria melhor se estivesse na natureza?

Bem, é provável que não. Como Biscuits cresceu em um diferente meio desde que era pequena, dificilmente ela teria as habilidades de sobrevivência necessárias. Ao menos o animal encontrou muitas coisas para se entreter em sua nova casa. "Ela corre ao meu redor como se eu fosse uma grande árvore. Depois pula nas coisas e salta de volta. Fica animada, canta e começa tudo de novo", mencionou Longo.

Embora tudo tenha dado certo no geral, o rapaz comentou que uma vez pensou ter perdido Biscuits. "Quando ela começou a se movimentar, acabou escapando... Eu a encontrei na banheira pela manhã", revelou ele.

Apesar da natureza travessa, Longo é apaixonado pelo que chama de sua "bolinha de pelos". Ele explicou: "Ela tem uma grande gaiola e acesso livre quase pela casa toda quando estou disponível para supervisionar. Não duraria cinco minutos na natureza agora. Ela é bastante simpática com as pessoas e não tem medo de animais". Parece que Biscuits se sentiu mesmo em casa!

A adorável criatura geralmente é vista pendurada em sua confortável rede ou relaxando em seu lugar favorito - o bolso da camisa de Longo. Dessa forma, ambos podem se preparar para uma extensa e feliz vida juntos, afinal, os esquilos-voadores costumam viver por mais de uma década em cativeiro. No entanto, após Biscuits se instalar por lá, Longo possuía algumas contas a acertar.

Quando Biscuits apresentou um ótimo estado de saúde, Longo voltou ao Reddit para provar que o pessoal de lá estava errado. Ele postou uma série de fotos que mostrava a recuperação de seu esquilo e exibia suas próprias habilidades paternais.

Longo até lembrou aos usuários do Reddit sobre o dia em que ele conheceu Biscuits. O homem escreveu: "Eu postei fotos no Reddit naquele dia e um monte de sabichões apareceram para me dizer que ela morreria, porque eu não sou um reabilitador de animais". Pois é, uma lição e tanto!

"Biscuits tem cerca de três meses e é fantástica... e saudável", prosseguiu Longo, esfregando na cara de quem duvidou dele e do pequeno animal. "Sua comida favorita são nozes pecan e ela gosta de pular em tudo e aterrorizar os cachorros".

Desse modo, essa triunfante postagem fez alguns usuários do Reddit serem forçados a admitir que estavam de fato errados. Outros apenas parabenizaram Longo por sua incrível conquista. Muita gente, a propósito, não pode deixar de se empolgar com a fofura de Biscuits.

"De agora em diante, meu objetivo de vida será ter um adorável animal morando no bolso da minha camisa", escreveu alguém no Reddit. Outro indivíduo sugeriu: "Todos deveriam ter um companheiro esquilo no bolso". Quem sabe? Vai que a moda pega. De qualquer maneira, você não precisa viajar tão longe quanto Longo para encontrar uma criaturinha que esteja procurando por amor e carinho.

Até porque muitos animais acabam entrando nas casas das pessoas. Logo, assim como o esquilo de Longo, outro filhote teve uma emocionante trajetória. Ali, bem na cama, estava uma preciosa surpresa escondida sob o travesseiro: duas criaturas encontravam-se aninhadas no edredom. Porém, quem as descobriu fez exatamente o que com elas?

Hoje em dia, uma das fêmeas é conhecida como Little Thumbelina, em referência ao conto de fadas A Polegarzinha. A origem desse animal, inclusive, é até semelhante ao conto. Contudo, a história de Thumbelina apresenta-se verídica e começa em uma fria manhã de Nova York no mês de março de 2016.

Desde o início, sobreviver foi uma luta. O ninho da mãe de Thumbelina foi destruído por uma equipe de construção e isso deixou o animal em gestação desabrigado. Entretanto, a futura mamãe esquilo possuía bons instintos de sobrevivência e finalmente encontrou um local para o nascimento de seus filhotes.

A verdade é que a criatura entrou em um apartamento do décimo andar por uma janela aberta e, no calor e conforto daquele quarto, teve suas duas pequenas filhas. Então, para manter as recém-nascidas em segurança, ela começou a refazer seu ninho.

Ainda que o morador do apartamento estivesse fora quando a mamãe esquilo o visitou, ele viu o trabalho dela lá. Afinal, galhos, folhas e agulhas de pinheiro cobriam sua cama. A maior surpresa, todavia, encontrava-se debaixo de seu travesseiro na forma de dois filhotes de esquilos-cinzentos.

Embora o residente do apartamento não fizesse ideia de como ajudar os esquilos, ele conhecia alguém que sabia. Portanto, ligou para Christina e Michael Reyes; reabilitadores de animais que trabalham em Nova York. Este casal, aliás, possui uma vasta experiência com essa espécie.

Christina cuidava de esquilos órfãos há dez anos e Michael - professor do ensino médio durante algumas horas do dia - também auxiliava sua esposa nessas tarefas. Desse modo, o casal correu para tentar ajudar os filhotes a se reencontrarem com sua mãe.

No entanto, apenas duas horas após o nascimento, a mãe daquelas pequenas criaturas já estava hesitante em ficar com elas. Ao que tudo indica, a presença dos reabilitadores de animais - e as ações deles para salvar suas duas filhas - a assustou. Christina comentou sobre isso ao Daily Mail em 6 de novembro de 2018.

"Ela continuou trazendo materiais para a construção do ninho, porém não ficava com seus filhotes", disse Christina a respeito da mamãe esquilo. Apesar dos esforços dos reabilitadores para convencê-la do contrário, poucas horas depois, ela parou completamente de voltar ao apartamento e uma tragédia aconteceu.

Pois é, uma fêmea infelizmente faleceu na ausência de sua mãe. Contudo, o casal Reyes cuidou da outra que restou, chamando-a de Thumbelina devido ao conto de fadas de Hans Christian Andersen. Logo, os reabilitadores pretendiam cuidar de Thumb até chegar o momento em que pudessem reintroduzi-la na natureza.

"Quase todos os esquilos que cuidamos são resgatados e soltos na natureza", explica o blog oficial de Thumbelina. "Mas Thumbelina foi um caso especial". Bem, parece que as circunstâncias únicas do nascimento dessa criatura e a subsequente série de ocorridos afetaram Thumbelina.

O blog prosseguiu: "Por causa da anormal época de parto e do falecimento de sua irmã, a pequena Thumb cresceu sozinha e não aprendeu a interagir com outros esquilos. Quando chegou a normal época de parto [para ser adotada], Thumbelina já havia passado do ponto de se ligar a sua espécie".

Assim, o casal Reyes levou a pequena Thumbelina a um veterinário especializado em animais selvagens. O veterinário determinou, então, que o habitat natural de Thumb era muito perigoso para ela. Porém, ao invés de sacrificar o filhote, os salvadores dessa criaturinha optaram por dar a ela uma chance de viver.

Foi dessa maneira que a família Reyes decidiu adotar Thumb como um esquilo doméstico e ainda bem que ele fizeram isso. Afinal, parece que ela teria tido uma vida bastante curta fora da segurança de um lar humano. Além disso, Thumbelina não é o que se poderia realmente chamar de esquilo.

"Quando tentamos apresentá-la a outros filhotes de esquilo, ela se isolou", disse Christina ao Daily Mail. "Ela se deitou em posição fetal e não queria nada com eles". Thumb também não se movimenta como os outros esquilos.

"Ela andava no chão", continuou Christina. "Não gostava de escalar ou pular". A propósito, o blog de Thumb contou que seu desenvolvimento sempre foi lento em comparação com os outros filhotes de esquilo. Em vez de abrir os olhos após quatro ou cinco semanas, Thumbelina conseguiu esse feito só após nove semanas.

"Ela tem medo de tudo", acrescentou Christina. "Nós a levamos ao parque e ela agiu como se fosse um lugar mal-assombrado. Ela não gosta do frio e vive em posição fetal". Independentemente disso, essa família humana acha Thumb perfeita do jeito que ela é.

Dessa forma, ao invés de forçar Thumbelina a fazer coisas de esquilo, seus pais passaram simplesmente a enchê-la de carinho. Inclusive, Thumb gosta demais dos abraços que recebe de sua mamãe e seu papai. Ela até vê TV e possui uma rica dieta, comendo rúcula, ervilha de cheiro, couve e abacate.

"Eu amo tanto a Thumbelina", admitiu Christina. "Meu marido e eu nunca quisemos ter filhos, [mas] Thumbelina é nosso bebê. Ela é minha pequena melhor amiga; todos os dias fico ansiosa para passar um tempo com ela. Quando acontece de eu me sentir mal, ela se aproxima e se aconchega em mim".

Ainda que Thumbelina não esteja interessada na companhia de outros esquilos, ela está fazendo a sua parte por eles. "Thumbelina é agora nosso pequeno esquilo embaixador", esclarece seu blog. "Ela nos ajuda a ensinar às pessoas como é importante respeitar e ser gentil com todos os animais selvagens, espalhando a mensagem: 'Cada pequena vida é grande para quem a vive'".